Ceo & Founder – Camisetas em 12 Horas
Eu empreendo desde os meus 11 anos de idade. A partir do momento em que fui catar latinha. Foi ali que eu aprendi o MVP – Minimum Viable Product ou Custo Mínimo Viável. Como?
Eu precisava comprar pipa.
Eu tinha a necessidade de brincar de pipa, bolinha de gude, bola. Comecei a empreender catando latinha porque tinha desejos de consumo e não podia depender do meu pai. O salário dele era restrito, já tinha tudo certinho e eu queria consumir. Sabendo que meu pai não podia me dar dinheiro e eu também não tinha coragem, ele era muito grande e muito bravo. Essa situação em si já é um aprendizado, percebe?
Porque há uma necessidade de consumo. Existiam barreiras para conquistar o que eu queria e procurei uma solução para conquistar o meu desejo. Isso é empreender hoje: Você tem uma ideia de negócio, um sonho (necessidade), você tem uma barreira que é a falta do dinheiro (pai bravo) e você precisa de uma solução. E foi o que eu criei, quando ainda era pequeno, porque com 11 anos não se arruma emprego, certo?
Então, eu vivia na rua. Vivia brincando. Naquela época não tinha internet, era televisão e olha lá! E meus interesses eram pipa, pião, bola de futebol e um computador XP ou 386, não lembro direito. E nas ruas havia muitas latinhas. Vi nelas a solução para os meus problemas.
No ferro velho, que na época era do pai de um amigo, perguntei quanto ele pagava por quilo de alumínio e ferro. Nem era tanto. Então precisava catar “tantas” latinhas para chegar ao montante que eu queria. E aí eu ia andando pelas ruas observando o que podia colocar no meu carrinho. Sem vergonha, sem problema nenhum e vamos embora. Vamos vender e atingir o objetivo.
Assim comecei a desenvolver o meu perfil empreendedor.
Uma grande lição para eu colocar as minhas ideias de negócio na ativa até hoje. Para você ver como é uma referência simples, quase banal: “Uma criança cata latinha na rua e vende no ferro velho”. Só que essa é a mesma ideia de um empreendedor. Especialmente aquele que começa do zero. Que não tem crédito na praça. Como eu comecei. Sem banco querendo dar dinheiro, sem “paitrocínio”, sem investidor anjo. Aliás, naquela época eu nem imaginava que existiam pessoas capazes de investir em ideias de desconhecidos.
Depois de um tempo eu criei o hábito de identificar oportunidades. Como? Aprendi que poderia me virar sozinho, no modelo MVP, de estrutura bem enxuta. Então, procurei uma forma que me ajudasse a ganhar mais dinheiro. Mas aí só vou contar no próximo post.
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