Volt: a marca que quer dominar o futebol brasileiro
Com a globalização, é cada vez mais comum vermos marcas estrangeiras produzindo uniformes de clubes brasileiros. Porém, a Volt, uma marca de material esportivo, quer repetir o sucesso do passado recente de outras empresas nacionais e se colocar cada vez mais no topo do futebol do Brasil.
Há pouco tempo atrás, era muito comum vermos clubes brasileiros tendo seus uniformes produzidos por marcas como como Penalty, Topper, Olympikus e Kanxa, todas empresas nacionais. Porém isso foi diminuindo bastante.
Além de marcas estrangeiras, é cada vez mais comum os times optarem por marcas próprias, como é o caso do Coritiba com a “1909”, o Fortaleza com a “Leão 1918”, o Ceará com a “Vozão” e o Atlético-GO com a “Dragão Premium”.
Atualmente, na primeira divisão do futebol brasileiro essas são as marcas que patrocinam os clubes:
- Marca própria – seis clubes: Atlético-GO, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Goiás e Juventude.
- Umbro (inglesa) – cinco clubes: Athlético-PR, Avaí, Cuiabá, Fluminense e Santos.
- Adidas (alemã) – três clubes: Flamengo, Internacional e São Paulo.
- Nike (estadunidense) – um clube: Corinthians.
- Puma (alemã) – um clube: Palmeiras
- Le Coq (francesa) – um clube: Atletico-MG*.
- Volt – um clube: América-MG
- Sem marca – um clube: Botafogo**.
**O Botafogo tem uma história interessante com Volt que será explicada mais para frente.
Como vocês puderam ver, a Volt patrocina apenas um clube da Série A do Brasileirão 2022. Era para ser dois, por conta da situação com o Botafogo que explicaremos mais para frente.
Mas juntando todas as quatro divisões do futebol brasileiro, a marca produz uniformes de oito times. Além do América-MG, temos Vitória, Remo, Santa Cruz, CSA, Criciúma, Botafogo-SP e Figueirense.
A partir de agora, nós tentaremos entender quem é a Volt e quais são seus objetivos para tentar se colocar no topo do esporte mais popular do país.
Quem é a Volt?
A Volt é uma marca de material esportivo 100% brasileira, que iniciou seus trabalhos em maio de 2021. A fornecedora chegou ao mercado com uma nova proposta de criar parcerias sólidas com os clubes na questão comercial e na customização do material esportivo.
Em entrevista ao portal Goal BR, o diretor de operações da marca, Kauê Martins, disse o seguinte: “Nossa parceria com os clubes vai oferecer uma proximidade como se o time tivesse uma marca própria, mas com a vantagem de ter uma parceira que conhece muito bem o mercado em que atua.”
Recentemente, a Volt completou um ano de existência e o Fernando Kleimmann, sócio-diretor da empresa contou ao Placar como foi esse início: “Como toda empresa nova, sofremos com a desconfiança dos torcedores, os uniformes envolvem paixão. Felizmente, as incertezas diminuíram e a cada novo lançamento a repercussão foi bastante positiva entre os torcedores”.
A fábrica da Volt fica em Joinville, cidade catarinense. A marca já comercializou mais de 400.000 camisas e faturou 40 milhões de reais em seu ano de estreia. O uniforme mais vendido até o momento foi o Remo, clube paraense.
No ramo varejista, a empresa administra 12 lojas físicas, empregando quase 1.000 funcionários indiretamente. “Em nossos trabalhos mais longos, conseguimos dobrar o faturamento das agremiações. O nosso objetivo não é apenas confeccionar uniformes, mas investir nos times, estreitar a relação com os fãs e fazer história no esporte”, diz Kleimmann.
Os objetivos para fazer a empresa crescer ainda mais
A expectativa de Fernando Kleimmann é mais do que dobrar o faturamento da Volt e atrair mais clubes. “A nossa entrada no mercado ocorreu em um momento delicado da pandemia, mas era um risco que já havíamos calculado. Nesta nova etapa, iremos ampliar nossa atuação no mercado, estipulamos uma meta de 100 milhões de reais em arrecadações”, disse o executivo.
Kleimmann diz que o objetivo deles é se consolidar como a principal e maior marca nacional, além de ampliar nosso trabalho com a sua linha institucional. O planejamento deles é lançar uma loja própria exclusiva e também ter mais clubes de massa e potencial para mudar o patamar da empresa no próximo ano.
Além disso, a Volt estuda a entrada no exterior. No ano passado, eles chegaram a negociar com o Huracán, clube argentino, mas a parceria não foi concretizada.
A história da Volt com o Botafogo
O Volt e o Botafogo tinham uma acordo para que a marca brasileira fosse a fornecedora de uniformes do time. Porém, o clube carioca se transformou numa Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e foi vendido para o empresário estadunidense John Textor.
Com isso, o bilionário decidiu encerrar o acordo que tinha com a empresa brasileira. Em uma nota no seu site, a justificativa dele foi de que ele busca uma marca que “vai refletir melhor esse momento histórico e possa dar apoio às nossas ambições para construir novas tradições de sucesso”.
Por enquanto, o Botafogo segue sem nenhum fornecedor de material esportivo e só deve ter uma nova parceira em 2023. Enquanto isso, a Volt tenta recuperar os 2,5 milhões de reais pagos ao Glorioso, quantia referente à premiação pelo acordo que havia sido feito.
Conclusão
A Volt é mais uma empresa brasileira que está buscando seu espaço no meio de diversas marcas estrangeiras, que não param de chegar ao nosso país. Pelo desempenho mostrado neste primeiro ano de trabalho, eles têm um potencial gigantesco para competir com as maiores.
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