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Consumidor consciente

10 dicas de como ser um consumidor consciente

Você já pensou o quanto gasta por mês ou ano e depois se sente culpado pelas compras “desnecessárias” que não precisava naquele momento?  

Ou gasta compulsivamente fazendo dívidas no cartão de crédito sem dar conta no momento da compra que a fatura irá chegar e não sabe como irá pagar pelo acúmulo de débitos de dois a três meses anteriores?  

“Vivemos numa sociedade consumista, numa sociedade de desejos, e não de projetos existenciais. Ninguém planeja ter amigos, ninguém planeja ser tolerante, superar fobias, ter um grande amor.” – Augusto Cury. 

É uma situação preocupante porque as compras parecem ser prazerosas no momento, mas depois sentimentos como culpa, arrependimento e vergonha chegam até você sem aviso prévio.  

O primeiro instinto como consumidor compulsivo é negar e esconder as suas faturas, fingindo que elas não existem mesmo que receba ligações e mensagens de cobranças constantemente.

Os seus pais, amigos ou aquele alguém especial não faz a mínima ideia dos seus problemas financeiros, podem desconfiar por te conhecer, mas você jura que está tudo bem e disse que é engano, não?  

Você não é a primeira pessoa nem a última a ter problemas de comprar compulsivamente por ansiedade ou encontrar nas compras, uma forma de suprir o buraco no seu coração, pois sente um alívio ao realizar a compra e ter o seu produto em mãos como se fosse uma criança ganhando um novo brinquedo mesmo que há ainda brinquedos novos espalhados no seu quarto.  

Segundo o mapa da inadimplência no Brasil do Serasa, de maio deste ano, o valor total de dívidas foi de R$ 249,6 bilhões e o valor médio por pessoa de R$ 3.937,98. O cartão é o principal recurso para o endividamento de 29,70%.

Mas se você está tentando criar novos hábitos, pois sente que sua compulsão por compras está afetando todas as áreas e momentos da sua vida, acarretando problemas pessoais, profissionais, financeiros e a sua saúde tanto mental quanto emocional.  

Se eu te disser que há dicas para começar a ser um consumidor consciente que começará a colocar a sua vida em ordem pela sua iniciativa de ter mais controle financeiro e não deixar mais que as ilusões ou aquele prazer momentâneo lhe prejudique no futuro.  

Confira o que é ser um consumidor consciente e as 10 dicas lucrativas para ter uma saúde financeira estável e confortável.

O que é um consumidor consciente? 

O consumidor consciente visa a cuidar da sua carteira, principalmente do seu cartão, sabendo o estrago que ele pode fazer se usado de forma leviana que pode virar uma bola de neve em questão de minutos.  

Ele não se deixa atrair por promoções e descontos de produtos só por ser um atrativo e sofrer pela pressão do gatilho mental de escassez que seria a sensação de perda de algo bom e raro por ser uma oportunidade única. 

Não pense no consumidor consciente como alguém chato ou mão fechada por saber como cuidar do seu dinheiro e não o desperdiçar com assuntos fora do seu interesse ou que ele não esteja precisando no momento.  

Os gatilhos mentais, principalmente o da escassez, pode afetá-lo e até tentá-lo a fechar a compra, no entanto, aquela dor de gastar com algo que não precisa e perder a oportunidade de adquirir o mimo que tanto desejava pela pressão do consumismo é prejudicial para a saúde financeira dele, além de que pode ser arrebatado pelo sentimento de arrependimento.  

“Esvazie seus bolsos filho, eles fizeram você pensar que o que você precisa é o que eles vendem, fizeram-te pensar que consumir é se rebelar.” – Zack de la Rocha. 

Não é uma tarefa fácil, eu sei, mas não quer dizer que não valha a pena no final quando o esforço tiver resultados e colher grandes frutos, o seu campo financeiro vai agradecê-lo mesmo que as lojas e empresas sintam a sua falta e tentem atrair a sua atenção por onde você for.  

É deixar para trás o rótulo de que você é pelo que tem. Por exemplo, se você possui um celular de última geração que acabou de ser lançado, isso o faz ter um poder aquisitivo maior do que estar com o mesmo aparelho há mais de dois anos.

Os dois funcionam perfeitamente, o que difere é a marca, o modelo e o lançamento.  

O consumismo faz as pessoas como você gastarem sem necessidade pela pressão social de ter cada vez mais sem pensar no dia de amanhã e nem sempre é pelo que necessita, só tem a ilusão de precisar.  

  1. Faça um planejamento das suas finanças 

Como ser um consumidor consciente é largar dos maus hábitos, por exemplo, a impulsividade e a vontade de comprar tudo o que gosta que vê pela frente sem pensar duas vezes antes de consumir.  

Você decidiu mudar o rumo da sua vida e consumir de forma saudável para não ter mais que ignorar as ligações de cobranças sem parar e os olhares críticos das pessoas próximas a você.  

Para começar 2022 com o coração mais leve e a mente tranquila, faça um planejamento financeiro para colocar as suas finanças em ordem e ainda ter um dinheiro reservado para investir ou guardar como renda extra para aqueles momentos de emergência.  

Esse planejamento ajudará a rever as suas contas, organizá-las, reservar um dinheiro e ainda poder gastar de forma sábia sem culpa na consciência quando a fatura do cartão chegar/fechar. 

  1. Supérfluos x Necessidades 

Chegou o momento de saber distinguir o que são supérfluos e o que são necessidades.  

Como ser um consumidor consciente dos seus atos é não deixar apenas a emoção guiar a sua jornada de compra para dizer que tem ou para exibir o seu mais novo produto.  

Supérfluos são os itens sem mera importância no momento, não possui um grande impacto a favor. Só servem para enfeitar a sua história, no entanto, de forma subconsciente sabe não terá uma utilidade no momento.  

Lembra da história da criança que eu contei lá em cima no texto? Ela prefere o brinquedo novo, deixando os seminovos espalhados no seu quarto (vida), você é essa criança. Não se contenta com pouco, mas não suporta que mexam nas suas coisas ou apontem o dedo de julgamento. 

Os produtos supérfluos são isso, algo desnecessário e só te faz gastar mais querendo que caia no caminho da tentação do consumo compulsivo.  

Necessidades não podem ser ignoradas, são vitais para o seu cotidiano como os itens básicos de sobrevivência ou que vai ser útil na sua vida. Sem tais produtos, você sentirá uma falta e carência.  

Um exemplo disso, foi no começo da pandemia que as pessoas – acredito que assim como você e eu – tivemos que repensar com os nossos gastos para não faltar comida, itens de higiene, dinheiro para as contas e para aqueles cursos que terão uma influência positiva na sua vida.  

  1. Tenha consciência ao mexer no seu bolso 

Sempre se questione na hora de gastar, faça as perguntas certas quando pegar o produto em mãos ou vê-lo no carrinho de compras da loja online: 

“Eu preciso disso?” 

“O que vai me agregar?” 

“Devo gastar com isso agora ou posso esperar um pouco mais?” 

São questionamentos para você refletir, não quer dizer que comprar vai ser um fardo; uma tarefa estressante, mas é ter certa clareza de que se o dinheiro gasto com algo supérfluo fará falta depois. 

É saber pensar mais, agir com sabedoria e cautela para que assim possa trilhar o caminho do enriquecimento tanto financeiro quanto de conhecimento.  

  1. Faça pesquisa de campo dos preços 

Sabe quando você vai ao supermercado e vê a sua marca de conforto como uma lata de leite condensado da Moça, o seu primeiro instinto é colocá-la no carrinho, não?  

Só que o preço dela é superior ao das outras marcas inferiores e menos populares, mas que possuem o mesmo grau de qualidade, só que você está tão acostumado com rótulo que nem para refletir sobre o preço, pois gera mais valor do que está levando.  

Posso fazer exemplo de diversos setores como em roupas, você está pagando a mais pela marca do que pelo produto em si ou quando vai a uma livraria, deixa uma fortuna em um simples livro, sendo que com esse dinheiro pode levar de dois livros a mais em lugares como a Amazon.  

Portanto, é aconselhável fazer uma pesquisa de campo para economizar nos detalhes, gastar menos e ganhar mais, você pode comprar mais caso seja aquela compra do mês no supermercado ou guardar na poupança.  

  1. Menos é mais (Consuma o necessário) 

Você já parou para pensar na quantidade que vem gastando ao longo do tempo, sem necessidade?  

Vou retomar o exemplo do supermercado que fica fácil para explicar, digamos que tenha comprado o seu iogurte favorito em grande quantidade por estar barato, mas no meio do mês enjoou do mesmo sabor e provoca aquela ânsia de estar comendo por obrigação. Deixa o iogurte na geladeira e o ignora toda vez que vai pegar algo até que ele estrague e precisa ser jogado fora.  

O que dá para aprender com esse cenário?  

Você gastou dinheiro à toa com desnecessário por não ter consumido o produto alimentício e provocou o desperdício por ter o olho maior do que sua verdadeira vontade.   

Consuma o necessário para poupar o seu dinheiro, consciência e evitar o desperdício, principalmente, de comida.  

  1. Cuide do seu cartão de crédito 

O seu cartão de crédito é a sua arma no mundo financeiro, mas também a sua kriptonita. Ele pode ser um monstro de sete cabeças (Hidra) se não souber como cortar o verdadeiro mal pela raiz.  

Não deixe a ilusão do cartão te manipular, saiba quem, possui o controle é você e mais ninguém.  

Cuide da saúde (fatura) para saber quando ela é fechada, o limite e não deixar a tentação do barulho do cartão aprovado te levar a ruína. 

Não estoure o seu cartão de crédito com dívidas acima do seu limite ou do quanto você ganha por mês, além de ter uma reserva emergencial para casos de necessidade.  

  1. Não caia em armadilhas das promoções 

Promoções e descontos nem sempre são honestos e transparentes quando as lojas as propõem para chamar atenção dos consumidores.

É uma jogada para você gastar o que tem e o que não tem por utilizar o gatilho de escassez.  

Como consumidor consciente, você saberá não cair mais nesses truques e armadilhas para mexer no seu bolso.  

A Black Friday é um ótimo exemplo dessa situação porque há lojas e empresas que são desonestas e dias antes elevam o preço dos produtos e fazem a seguinte “promoção” de voltar para o preço original.  

É uma ilusão que mexe com seus sentidos, o seu subconsciente pode saber que há algo de errado, no entanto, sem conhecimento prévio ou sem controle sobre os seus gastos e a sua saúde financeira, você toma atitudes que as lojas e empresas esperam: de finalizar a compra e sair feliz, mesmo sabendo que te enganou no processo. 

  1. Construa um pensamento crítico 

Após essas dicas, você já começou a dar valor ao seu dinheiro, certo?  

Agora, está na hora de constituir um pensamento crítico para pensar em todas variáveis assim, quando for a hora de gastar o seu dinheiro suado seja com tranquilidade, sem remorso. 

Mantenha os questionamentos e encontre as respostas para dizer sim, mas, principalmente, para dizer “NÃO” quando for preciso. 

  1. Valorize as práticas da responsabilidade social das empresas 

Não se trata apenas só de consumir pela questão da marca ou necessidade, mas vá atrás para saber se as empresas possuem consciência, ética e responsabilidade para com causas sociais.  

Valorize aquelas que não ferem a sua moral, princípios e costumes, se você for a favor da causa animal, gaste o seu dinheiro em lojas e empresas que não fazem testes animais.

Além de você estar consumindo de forma sábia, está também lutando a favor de causas nobres.  

  1.  Consuma de forma sustentável para reduzir impactos graves 

Você já sabe o que precisa para ser um consumidor consciente, essa dica ajudará a consumir de forma sustentável sem trazer grandes impactos negativos para o meio ambiente.  

É deixar de olhar apenas para o seu mundinho e o seu bolso, vislumbrar um mundo vasto e maior do que você para fazer diferença no meio ambiente e econômico. Saber que as suas atitudes importam e podem causar de forma positiva, então sem desperdício ou exageros extravagantes por conta de rótulos.  

Saiba mais! 

consumidor consciente

“Não somos ricos pelo que temos, e sim pelo que não precisamos ter.” – Immanuel Kant. 

Como ser um consumidor consciente vai transformar a sua vida da água para o vinho se você souber como cultivar para colher as recompensas, pense como um planejamento financeiro de médio a longo prazo.  

O começo será um desafio e te fará querer perder a linha ou cair na tentação, mas se mantenha firme e siga as dicas enriquecedoras para lhe salvar quando precisar se lembrar dos passos de como consumir conscientemente.  

Gostou do artigo lucrativo para a sua vida e saúde financeira, leia mais em Investidores S/A.  

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